Fernando Sarney, nomeado interventor da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, convocou nesta sexta-feira (16) a eleição que definirá os novos dirigentes da entidade máxima do futebol nacional.
O pleito ocorrerá no próximo domingo, dia 25 de maio, um dia antes da primeira convocação oficial de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira masculina.
O edital da eleição será publicado neste sábado (17), e o prazo para registro das chapas será entre os dias 18 e 20 de maio.
O mandato dos eleitos terá duração de quatro anos, compreendendo o período de 2025 a 2029.
A Assembleia Geral da CBF votará para os seguintes cargos:
- Presidente da entidade
- Oito vice-presidentes
- Três membros efetivos do Conselho Fiscal
- Três membros suplentes do Conselho Fiscal
A convocação ocorre em cumprimento à decisão judicial que determinou a realização das eleições com a máxima brevidade.
Fernando Sarney, que assumiu como interventor na quinta, convocou o pleito menos de 24 horas após assumir o comando.
QUEM VOTA NA ELEIÇÃO DA CBF
O colégio eleitoral da CBF é composto por 67 votantes, com pesos distintos:
- 27 presidentes de federações estaduais (com peso 3 cada)
- 20 clubes da Série A do Brasileirão (peso 2)
- 20 clubes da Série B (peso 1)
CENÁRIO POLÍTICO E POSSÍVEIS CANDIDATURAS
Nos bastidores, os movimentos por candidaturas já se intensificaram. Um grupo de 19 federações estaduais publicou um manifesto ainda na quinta-feira (15), horas após o afastamento de Ednaldo Rodrigues, defendendo renovação e descentralização da gestão do futebol brasileiro. O grupo indicou que lançará um candidato próprio.
Entre os nomes já ventilados no cenário estão o do advogado Flávio Zveiter, ex-presidente do STJD, e o de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol.
Ambos haviam se colocado como pré-candidatos em 2023, durante o primeiro afastamento de Ednaldo Rodrigues. Reinaldo, no entanto, não assinou o manifesto das 19 federações.
Sete federações estaduais também ficaram fora do manifesto, entre elas Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Espírito Santo, Tocantins, Amapá e Mato Grosso — o que sinaliza uma possível divisão em dois blocos que podem se enfrentar na eleição.
IMBRÓGLIO JURÍDICO CONTINUA
Enquanto isso, Ednaldo Rodrigues tenta reverter sua saída. A defesa do dirigente afastado apresentou recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de anular a decisão do TJ-RJ.
O STF, por sua vez, tem julgamento marcado para o dia 28 de maio, quando analisará a constitucionalidade do acordo firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro, cuja validade foi questionada e é central na disputa judicial.






