• Boi de Morros conclui seleção de novos integrantes e dará início a ensaios

    Um dos grupos folclóricos mais aplaudidos nos arraias de São Luís já está no clima do São João 2023. O Boi de Morros, como reza a tradição, encerrou, neste fim de semana, o processo de seleção para inclusão de novos integrantes no ginásio coberto da Unidade de Ensino Básico Primavera, no bairro Cohatrac. Os candidatos escolhidos integrarão o corpo de baile de um dos mais famosos, charmosos e consistentes projetos juninos do Maranhão.

    Segundo a coordenadora geral do Boi de Morros, Clarissa Lobato, este ano as inscrições pela internet bateram recorde, somando mais de 400. O processo seletivo ocorreu em duas etapas e ficarão, no máximo, 60 pessoas. No próximo sábado terão início os ensaios oficiais para a temporada de festas do mês de junho, no mesmo local, a partir das 16h.

    “No processo seletivo, nós avaliamos, além das habilidades de assimilar as coreografias, o entusiasmo dos candidatos, fato que revela seu amor pelo folclore maranhense. Quem entra para o grupo precisa compreender a importância de ser um incentivador da nossa tradição. E isso está dando certo, uma vez que é grande o interesse das pessoas em participar do São João conosco”, disse Clarissa Lobato, em entrevista exclusiva para o Imirante.

    Mais de 400 pessoas se inscreveram para brigar por vagas em um dos mais aplaudidos grupos folclóricos do Maranhão
    Mais de 400 pessoas se inscreveram para brigar por vagas em um dos mais aplaudidos grupos folclóricos do Maranhão

    Temática

    De acordo com a coordenadora, este ano o batalhão de Morros irá aos terreiros juninos com 160 integrantes no total, entre veteranos e calouros. A temática a ser trabalhada será a mesma do ano passado, mas terá uma nova roupagem. A proposta chama atenção para a necessidade de preservar o planeta Terra.

    A mensagem nos arraiais é repassada de várias maneiras, ou seja, por meio da música, da indumentária e das coreografias executadas, que abrem espaço para rápidas intervenções teatrais.

    Munim

    O Boi de Morros, sotaque de orquestra, é originário da Região do Munim e se destaca pela grandiosidade e organização do projeto. As apresentações seguem um padrão dentro de um contexto definido pela produção, sempre com o objetivo de levar uma mensagem positiva ao público, geralmente alicerçada em temas religiosos.

    Candidatas tentam convencer jurados de seu amor pela tradição e que têm facilidade para assimilar coreografias em seletiva do Boi de Morros
    Candidatas tentam convencer jurados de seu amor pela tradição e que têm facilidade para assimilar coreografias em seletiva do Boi de Morros

    Auto

    A indumentária é impecável, dando unidade, beleza e graça ao conjunto harmônico. Uma banda de músicos embala índios, índias, vaqueiros de fita, vaqueiros campeadores, Pai Francisco, Mãe Catirina e outros diversos integrantes, que ainda executam o esperado Auto do Bumba Meu Boi, sobre a história que se passa em uma fazenda do interior maranhense.

    O auto criativo narra que a esposa grávida de um vaqueiro expressa desejo de provar língua de boi, sendo que o prato precisa ser preparado com a língua do mais saudável e produtivo animal da propriedade. O marido supersticioso não querendo contrariá-la, captura o boi, dando início a uma série de intercorrências na fazenda.

    No entanto, nem todos os grupos de bumba meu boi do Maranhão executam o auto, mas Morros prefere seguir contando essa história nos arraiais.

     

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