A Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Maranhão solicitou, neste sábado (5), ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, a presença da Força Nacional para auxiliar no combate aos incêndios florestais que atingem há três semanas, o Parque Estadual do Mirador, na região sul do estado.
Com mais de 700 mil hectares, o parque que é uma das mais importantes unidades de conservação do Cerrado brasileiro. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA), a situação está sob controle, entretanto, os focos se intensificaram nos últimos dias, colocando as equipes que trabalham no local em alerta.
Ao todo, 20 brigadistas trabalham no combate aos focos de incêndio e a maioria, está presente dentro do Parque Estadual. Até o momento, 16 focos de incêndio já foram propagados.
A superintendente do Ibama no Maranhão, Flávia Alves, explica que a principal preocupação é que o incêndio atinja uma região que compreende a Terra Indígena Porquinhos, em Mirador (MA). Ela explica que após monitoramento por imagens de satélite, foi constatado que há focos ainda não controlados na área.
“Após monitoramento, constatamos focos de incêndio florestal, ainda não controlados, no Parque Estadual do Mirador, que ao norte se sobrepõe a Terra Indígena Porquinhos. O Ibama dispõe de brigadas internas treinadas, mas devido a extensão do parque, é necessário um reforço para que o fogo não se propague pela Terra Indígena Porquinhos”, explicou Flávia Alves.
Até o momento, o Ministério da Justiça e Segurança Pública ainda não se manifestou sobre o pedido.
As cidades de Mirador (MA), Balsas (MA) e Fernando Falcão (MA) estão na lista das cidades brasileiras que mais registraram focos de incêndio
Condições climáticas
O vento forte, o tempo seco e baixa umidade do ar são alguns dos fatores que vem contribuindo para o aumento de focos de incêndio na região do parque.
Flávia Alves explica ainda que, essas condições, estão levando os focos de incêndio em direção à Terra Indígena Porquinhos, colocando em risco à vida dos indígenas, da fauna e da flora preservada e existente na área.
“Nossa preocupação está se confirmando. As condições meteorológicas são de baixíssima umidade do ar e fortes ventos. O fogo já é intenso e ainda não chegamos nem ao mês de setembro. Estamos atentos a esse problema nas proximidades de terras indígenas”, disse.
Nesta semana, equipes do Ibama estiveram reunidos com membros da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), coordenadores do PrevFogo, para avaliar as ameaças provocadas pelos incêndios na região do cerrado maranhense.