• Ministério das Comunicações nega que Juscelino Filho usou avião da FAB para ir a evento em SP

    1. O Ministério das Comunicações divulgou nesta quinta-feira (2) nota oficial para esclarecer que o ministro Juscelino Filho usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB), no fim de janeiro, para cumprir agenda oficial. O posicionamento foi divulgado pela assessoria de imprensa do órgão para conter o desgaste político enfrentado por ele, acusado de usar serviços de transportes e hospedagem custeados pelo orçamento federal para participar de compromissos pessoais, incluindo eventos de premiações e leilões de cavalos,em São Paulo.

    O ministério admite, porém, que o ministro participou de “atividades de foro particular” no fim de semana seguinte aos compromissos oficiais e tem como prática devolver diárias quando o uso dessa facilidade não é adequado. “Diferentemente do que reiteradas vezes o jornal afirma, o ministro cumpriu agenda oficial nos dias 26 e 27 de janeiro”, argumentou o ministério.

    Juscelino teria participado dos seguintes compromissos oficiais: reuniões com a operadora Claro, onde foi apresentado o plano de investimentos no país pela empresa, reunião técnica com a equipe do escritório regional da vinculada Telebrás, reunião com o gerente regional da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e de reunião com grupo BYD.

    A nota do Ministério das Comunicações ressalta que, na agenda oficial, Juscelino estava acompanhado no voo e nos compromissos por dois membros da sua equipe do cerimonial e da assessoria de comunicação. A pasta negou também que tenha atribuído o “caráter de urgência” aos compromissos na documentação oficial encaminhada à FAB, como chegou a ser veiculado pela imprensa.

    Ao mencionar que o ministro foi a São Paulo “cumprir agenda oficial, de interesse público”, o órgão reforçou que “não há óbice algum” em seu retorno à Brasília no dia 30 de janeiro também pela FAB. Neste caso, a pasta pontua que o ministro fez a viagem de volta em voo compartilhado, solicitado pelo Ministério do Trabalho. “Ou seja, não há cometimento de qualquer ilegalidade por parte do ministro das Comunicações”, frisou a nota oficial.

    A pasta informou ainda que, mesmo seguro de que não ter cometido qualquer ilegalidade, o ministro determinou “apuração imediata sobre os procedimentos administrativos que foram adotados relacionados às viagens” a São Paulo, como forma de “demonstrar seu zelo com o dinheiro público e compromisso com a transparência no exercício das suas funções”.

    Feita a verificação mencionada, o Ministério da Comunicações esclareceu que “já foram devolvidas as diárias referentes à viagem”. Para o ministério, “a maior prova de que não há ilegalidade por parte do ministro é o fato de em 19/01/23, por exemplo, ele [o ministro] ter devolvido diárias relacionadas ao voo com destino ao Maranhão”. Ressalta que isso ocorreu “mais de um mês” antes de a imprensa tratar do assunto.

    Sobre os compromissos de caráter pessoal, o órgão colocou que o “ministro usufruiu, sim, do seu direito de praticar atividades de foro particular em São Paulo”, no fim de semana seguinte à agenda oficial. A pasta nega que isso configure qualquer tipo de ilegalidade.

    “É inaceitável aventar qualquer prática ilegal, tampouco imoral da autoridade pública ao desfrutar do seu período de folga para participar de qualquer compromisso, no caso em questão”, ressaltou o ministério.

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