Nesta terça-feira, o presidente do Vila Nova-GO, Hugo Jorge Bravo, prestou depoimento na CPI sobre a manipulação de resultados de partidas de futebol. O mandatário destacou a importância da Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás.
“Essa operação vem em um momento muito importante para o futebol brasileiro. Eu posso dizer tranquilamente, se isso não acontecesse nos próximos três ou quatro anos, o futebol brasileiro estaria completamente contaminado”, disse.
Na última segunda-feira, o STJD determinou o banimento de Marcos Vinicius Alves Barreira, mais conhecido como Romário, do futebol, por participação no esquema de apostas. Na mesma sessão, o órgão decretou o afastamento de Gabriel Domingos por 720 dias. Ambos eram jogadores do Vila Nova.
Segundo Hugo Jorge Bravo, o esquema de manipulação estava se tornando um ciclo vicioso no futebol.
“Os atletas aliciados se transformavam em aliciadores. Estava se criando um ciclo vicioso que iria comprometer o futebol brasileiro”, disse na CPI.
O presidente do Vila Nova revelou que ficou sabendo da participação de atletas do seu clube no esquema poucos dias após o confronto com o Sport, pela última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, em 6 de novembro de 2022.
Segundo a investigação, Romário recebeu dinheiro dos apostadores para cometer um pênalti no primeiro tempo deste jogo. O jogador, no entanto, não foi relacionado para o embate e tentou aliciar companheiros para participarem do esquema.
Gabriel Domingos também foi recompensado financeiramente para cometer um pênalti. O atleta até voltou atrás, porém já havia emprestado a conta bancária a Romário para receber R$ 10 mil, com promessa de R$ 140 mil ao término da operação.
Os ex-jogadores do Vila Nova foram os primeiros julgados da Operação Penalidade Máxima II. Na quinta-feira, o STJD irá definir as penas de mais oito atletas, entre eles Eduardo Bauermann, do Santos.
Fonte: Gazeta Esportiva