Ter uma boa alimentação e se exercitar são essenciais para a saúde do corpo e da mente. Mas a cada ano surgem novas pesquisas destacando a importância de um terceiro elemento nesta “fórmula” do bem-estar: o sono. Dormir bem é essencial e a qualidade do sono é um assunto cada vez mais estudado pela ciência.
Porém, apesar de parecer algo simples, o estudo “Qualidade do sono na população geral brasileira: um estudo transversal”, publicado em 2022, e que envolveu membros da diretoria da Associação Brasileira do Sono (ABS) e da Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) – aponta que duas a cada três pessoas têm algum grau de comprometimento do sono, o que significa dizer que ele não é reparador como deveria e traz sensação de cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade e baixa produtividade.
O cardiologista Luciano Drager, presidente da ABS, explica que o não reconhecimento de distúrbios de sono, infelizmente, ainda é muito comum na nossa população. “Boa parte das pessoas permanece sem diagnóstico apropriado de vários distúrbios do sono. Inclusive, muitas vezes, as pessoas acham que roncar, por exemplo, é algo “normal”. E nós vemos as múltiplas consequências na qualidade de vida, no rendimento no dia seguinte, no desempenho, na memória, no trabalho, na educação”, afirma Dr. Luciano.
Para ajudar a população a esclarecer as dúvidas e levar informações importantes para todos, um grande movimento mundial de conscientização sobre a importância do sono para a saúde acontece sempre em março. Neste ano, o Dia Mundial do Sono será celebrado em 17 de março.
No Brasil, a ABS promoverá a Semana do Sono – 13 a 19 de março – com o tema “Sono é essencial para a saúde”. Serão realizadas centenas de atividades presenciais e on-line – painéis, pesquisas, estudos, ensaios clínicos – disponíveis neste site.
“Nosso propósito é conscientizar a população sobre a importância do sono, através de eventos diários e com temas totalmente voltados aos cuidados com o sono. No ano passado contamos com a participação não apenas de profissionais da área de saúde, mas também de atletas, artistas e comunicadores que nos ajudaram a levar conhecimento para as pessoas por meio das redes sociais o que é muito importante para que o tema possa ser tratado de uma forma simples e com uma linguagem que possa ser compreendida pela população”, explica a Dra. Márcia Assis, vice-presidente da ABS.