A Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, na sessão plenária desta quarta-feira (7), em segundo turno, o Projeto de Lei 367/2022, de autoria do deputado Glaubert Cutrim (PDT), que reconhece o município de Sucupira do Riachão como ‘Capital Maranhense da Cachaça‘.
A distância em linha reta entre Sucupira do Riachão e São Luís (ambas no Maranhão) é 439.69 km, mas a distância de condução é 571 km.
Leva 8 horas 51 mins para ir de Sucupira do Riachão a São Luís.
O nome é de cidade fictícia da obra imortal de Dias Gomes – O Bem Amado –, mas a cidade existe e tem assumido uma importância cada vez maior para o nosso destilado.
Celebrações à parte, há um aspecto a ressaltar nessa elevação de Sucupira do Riachão a capital maranhense da cachaça. Apenas dois produtores do município possuem registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa): a Cachaça Vale do Riachão e a Cachaça Baixão do Cosmo, ambas herdeiras de um legado canavieiro de gerações de famílias e propriedades rurais tradicionais.
Essa diferença entre o número de produtores formalizados e totais de Sucupira do Riachão, a capital da cachaça maranhense, reflete um cenário particularmente grave naquele estado, mas comum a todo o país.
O Maranhão, segundo o Anuário da Cachaça do Mapa, possui um total de dez produtores legalizados. Já o Censo Agropecuário do IBGE localizou 482 estabelecimentos produtores de cachaça.
Assim, a taxa de informalidade da produção maranhense é de 98%, contra 89% da média nacional.
Esperemos que o reconhecimento de Sucupira do Riachão como capital maranhense da cachaça possa incentivar políticas públicas que auxiliem na formalização e deem impulso aos produtores para valorizar suas marcas, cumprindo os parâmetros legais de produção, o que traz benefícios para a sociedade e para os próprios herdeiros da fama da cachaça sucupirense.
