A cidade de Alcântara já vive o clima da Festa do Divino Espírito Santo. É que teve início na, quarta-feira, 08 de maio, na cidade patrimônio, uma das maiores manifestação religiosa e cultural do Estado.
A festa ja recebeu inúmeros turistas nesse final de semana, visitantes estes que se encantaram com as indumentárias dos festeiros, o som das bandas e caixeiras, assim como o colorido da cidade toda ela enfeitada.
Dedicado este ano à Imperatriz, a festa teve na parte da manhã do dia de sua abertura, uma recepção calorosa dos festeiros e caixeiras aos turistas que visitam a cidade, no Porto do Jacaré.
Na parte da tarde aconteceu a tradicional subida do mastro, com uma multidão acompanhando em peregrinação o trajeto na ladeira do Jacaré, onde a população e os visitantes acompanharam todo o percurso nas principais ruas da cidade, passando pelas residências dos festas até final na Praça da Matriz, local onde mastro finalmente chegou ao seu destino e foi fincado ao lado das ruínas da igreja de São Matias com a bandeira que carrega a imagem da pomba do Divino Espírito Santo.
Os rituais se sucedem há décadas e a partir deste momento o festejo continua seguindo uma maratona que possui duração de duas semanas. Ao longo desse tempo acontecem visitas das mordomas ao Império, e deste às mordomas, com distribuição de bebidas, bolos, doces de espécie, chocolate, distribuição de esmolas, realização de ladainhas, cortejos animados pelas caixeiras e por uma animada banda de música, num processo no qual se perpetua a tradicional festa, com a manutenção dessa tradição centenária.
O festejo foi iniciado pela rainha de Portugal, D. Isabel de Aragão, também conhecida como a Rainha Santa, no século XIII, e chegou ao Brasil através dos colonizadores açorianos. Em Alcântara, a festa do Divino teve início em fins do século XVIII e princípio do século XIX; é uma manifestação popular de caráter sincrético, mesclando o sagrado e o profano, e que obedece ao calendário católico. A festa começa um dia antes da quinta-feira da Ascensão do Senhor e termina no domingo de Pentecostes, com a leitura do Pelouro, ou seja, a relação dos festeiros que serão responsáveis pela festa do próximo ano. É costume se dizer que a festa do Divino Espírito Santo começa justamente quando termina. Logo na segunda-feira, após o encerramento, a Coroa que simboliza o festejo será entregue ao festeiro de 2025, ano que será dedicado ao Imperador.
Além do festejo no mês de maio, a cidade de Alcântara apresenta opções inúmeras de atrativos, entre praias, ilhas, monumentos históricos, artesanato e excelente gastronomia.
Tombada como patrimônio nacional, Alcântara com sua rica história possui paisagens exuberantes e uma gama de espaços verdes, geralmente quem visita a cidade na época dos festejos aproveita muito bem o final de semana, chegando na sexta-feira e permanecendo na cidade até domingo, semore nos dois principais finais de semana da festa religiosa.
Na cidade muitas opções de hospedagem atendem aos visitantes, em sua maior parte bem rústicas e bastante confortáveis, com um detalhe, um contato bem próximo com a natureza.
Quem deseja usufruir do potencial turístico de Alcântara tem na cultura uma forte interação, além dos prazeres oferecidos por um ecossistema ainda bastante preservado, com belas vistas, onde se contempla a baía de São Marcos e a ilha do Livramento, com direito a um belo pôr-do-sol e um anoitecer que proporciona um céu cheio de estrelas, principalmente nas noites de lua.
Fonte : JPTurismo
