• Encontrado morto brasileiro que desapareceu em ataque do Hamas num festival, em Israel

    O brasileiro Ranani Glazer, de 23 anos, que estava na rave atacada pelo grupo terrorista Hamas em Israel, nesse fim de semana, foi encontrado morto, nesta segunda-feira, 9. Outros dois brasileiros estavam na rave. A morte de Glazer foi confirmada por uma tia do rapaz ao jornal Folha de S.Paulo. O Itamaraty ainda não se manifestou a respeito da morte de Ranani.

    Ranani Glazer foi encontrado morto nesta segunda-feira

    Na noite de sábado, 7, Glazer estava acompanhando da namorada – Rafaela Treistman – e do amigo Rafael Zimerman, em uma festa perto da Faixa de Gaza, quando ocorreu a invasão por militantes da facção terrorista palestina. Homens armados cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra os participantes da rave.

    Zimerman, que conseguiu sobreviver, disse que, ao ouvirem os primeiros disparos, os três se esconderam em um abrigo. Quando saíram de lá, ele é Rafaela não olharam mais Glazer.

    “Quando saí do abrigo, dei de cara com a polícia”, afirmou Zimerman. “Estava com a Rafaela. Mas o Ranani infelizmente não saiu com a gente. Chorei demais. Agradeci. O que falei com Deus não está escrito. Quando vi a Rafaela, só pensava em cuidar dela. Sair sem o Ranani foi uma dor enorme para ela”, disse o rapaz.

    Segundo as autoridades, mais de 260 morreram no ataque.

    Uma participante da festa disse a uma emissora de Israel que no momento do ataque desligaram a luz. “De repente, do nada, eles [militantes] entraram atirando, disparando em todas as direções. Cerca de  50 terroristas chegaram em vans, vestidos com uniformes militares”, completou.

    Participantes da rave que tentaram fugir correndo ou em carros depararam com jipes de terroristas armados, sendo mortos.

    O local da festa, com três palcos, área de acampamento e refeições, fica no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a poucos quilômetros da Faixa de Gaza, de onde combatentes do Hamas cruzaram no amanhecer de sábado, informou à Folha.

    A ofensiva do grupo terrorista é o pior sofrido por Israel em 50 anos. Por ar, terra e mar, com foguetes e combatentes armados, a facção adentrou o território israelense e realizou sequestros e massacres, como os registrados na rave onde estavam os brasileiros. Cerca de 1.500 pessoas —ao menos 800 do lado de Israel e 687 palestinos – já morreram no conflito.

    Tel Aviv afirmou, nesta segunda-feira, 9, que retomou o controle de comunidades atacadas pelo Hamas, e anunciou um “cerco total” à Faixa de Gaza. A área, equivalente a 1/4 da cidade de São Paulo e que abriga 2,2 milhões de pessoas, é controlado pela facção terrorista.

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