• Magistrados investigados no MA usavam ações contra o Banco do Nordeste para desviar dinheiro, dizem investigadores

    O suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro no Tribunal de Justiça do Maranhão, investigado pela Polícia Federal na operação 18 Minutos, envolvia fraudes em processos relacionados ao Banco do Nordeste.

    A informação é de investigadores que acompanham a operação deflagrada nesta quarta-feira (14) – são 55 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro.

    São investigados desembargadores, juízes e advogados, além de outros possíveis envolvidos nos crimes.

    Segundo membros da PF, as investigações apontaram uma série de fraudes processuais nesses casos relacionados ao Banco do Nordeste, incluindo:

     

    • manipulação na distribuição da relatoria dos processos;
    • correções monetárias feitas sem justificativa;
    • aceleração “seletiva” dos processos;
    • expedição de “alvarás milionários”.

     

    Essas medidas levaram a movimentações atípicas tanto nos processos judiciais quanto nas contas bancárias dos investigados, o que chamou a atenção dos órgãos de fiscalização.

    Ainda de acordo com os investigadores, o suposto grupo criminoso teria aliciado um ex-advogado do próprio Banco do Nordeste para entrar com ações judiciais contra a instituição, requerendo o pagamento de milhões de reais em honorários advocatícios.

     

    O que diz Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA )

     

    Por meio de nota, o TJ-MA informou que está colaborando com a “Operação 18 minutos” da PF. Leia na íntegra:

    “O TJMA colabora com operação da PF determinada pelo STJ. O Tribunal de Justiça do Maranhão comunica que tem colaborado com a “Operação 18 minutos”, realizada pela Polícia Federal, cumprindo determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na manhã desta quarta-feira (14/08), em algumas unidades do prédio-sede do TJMA e do Fórum de São Luís.

    Com fundamento no princípio da transparência e governança, o TJMA atende à determinação do STJ, que expediu mandados de busca e apreensão para a realização da operação pela PF”.

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