Mais uma etapa do programa Meu Celular de Volta, lançado pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública, foi realizada nesta quinta-feira (10). A etapa consistiu em uma operação da Polícia Civil que visou o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão contra estabelecimentos e pontos de revenda de celulares furtados ou roubados, além de promover a conscientização sobre a prática e suas implicações. No total, 17 aparelhos irregulares haviam sido apreendidos até o final da manhã. A operação policial decorre das investigações policiais e de informações obtidas após a intimação de mil pessoas que estavam com celulares registrados como perdidos, furtados ou roubados na Grande Ilha. Do total, 300 pessoas se apresentaram aos policiais, em mutirão no Ginásio Geogiana Pflueger (Castelinho), no início do mês, resultando na entrega de mais de 220 aparelhos. As informações fornecidas sobre os locais de aquisição dos celulares fundamentaram os mandados de busca que foram cumpridos.
“Esta etapa foi significativa não apenas pelas apreensões, mas também pela mensagem deixada aos proprietários desses estabelecimentos. Ela serviu também para fiscalizarmos esses locais apontados como envolvidos em práticas ilícitas, reforçando nosso compromisso com o combate ao roubo e furto de celulares, seguindo a orientação do governador Carlos Brandão”, destacou o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida Neto.Cerca de 60 policiais foram mobilizados durante a operação, realizando diligências em bairros de São Luís e de municípios da Grande Ilha, como Belira, Liberdade, Vila Conceição/Altos do Calhau, São Cristóvão, Jardim América, Cidade Operária, São Raimundo, Vila Cafeteira, entre outros. Os alvos incluíram locais operados não apenas por pessoas jurídicas, mas também por pessoas físicas. Endereços apontados durante as investigações como pontos de desbloqueio de celulares irregulares também foram averiguados pelas 15 equipes que estiveram nas ruas.
“Esse mercado de desbloqueio de celulares existe porque, via de regra, aparelhos furtados ou roubados estão, geralmente, bloqueados e, para que possam ser acessados e reinseridos no mercado como produtos legais, acabam passando por esse processo”, explicou o delegado Henrique Mesquita, titular da Seccional Leste, um dos que coordenou a operação para o cumprimento dos mandados judiciais.Durante o cumprimento dos mandados judiciais, proprietários e funcionários dos estabelecimentos foram orientados sobre as consequências legais da comercialização de celulares perdidos, furtados ou roubados, sendo alertados quanto à responsabilidade de manter um comércio regular. Além disso, os policiais exigiram a apresentação das notas fiscais dos aparelhos à venda, com o objetivo de verificar a origem dos produtos e garantir que não houvesse envolvimento com o comércio ilegal, reforçando a necessidade de transparência na revenda.
O delegado Luigi Conte Neto, titular da Seccional Oeste e coordenador do Meu Celular de Volta, destacou que a operação faz parte do ciclo do programa, que intimará, nos próximos dias, mais pessoas. “Seguiremos realizando intimações, após o processo de rastreio que temos feito com o apoio das operadoras, considerando as informações constantes nos boletins de ocorrência, e também com operações para reaver o maior número de celulares. Em breve, iniciaremos a etapa mais aguardada que é a devolução dos aparelhos aos legítimos donos”.
As pessoas que não compareceram após a primeira intimação nem deram qualquer justificativa à polícia voltarão a ser intimadas nessa nova remessa. Se ainda assim a polícia não obtiver retorno, a intimação será feita pessoalmente, por um agente policial, no endereço da pessoa. Quem não pôde participar do primeiro mutirão, não se justificou e quer se antecipar a um novo chamado, pode se dirigir a qualquer uma das delegacias da Grande Ilha para apresentar-se. As Seccionais Leste e Oeste são as principais referências.
Fique por dentro
Meu Celular de Volta foi lançado no mês de setembro e se destina a vítimas de roubo e furto de celular e a pessoas que perderam seus dispositivos e que registraram o Boletim de Ocorrência informando o número de IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel). Inicialmente, apenas municípios que integram a região da Grande Ilha são abrangidos pelo programa. A partir de novembro, Imperatriz, na Região Tocantina, receberá a iniciativa.
O programa visa a redução de crimes como roubos e furtos, assaltos a coletivos, além de desestimular a comercialização de aparelhos de origem ilícita, diminuindo também a ocorrência de crimes transversais, uma vez que celulares roubados costumam conter aplicativos de bancos, senhas e dados pessoais, facilitando fraudes financeiras e golpes, entre outros delitos.
Orientações da Polícia Civil
Em caso de perda ou furto, o registro da ocorrência pode ser efetuado por meio do site da Delegacia Online. Já em caso de roubo, sendo este crime mais grave, a vítima deve se dirigir à delegacia. É importante sempre informar o número do IMEI (que pode ser encontrado na caixa do aparelho ou na nota fiscal de compra) para que a polícia possa fazer o rastreio.
O número de IMEI, para aqueles que não possuem a caixa do aparelho ou a nota fiscal, pode ser acessado ao digitar *#06# no celular e apertar a tecla para ligar. Celulares que utilizam mais de um SIM Card possuem um IMEI para cada chip, sendo necessário verificar cada um dos IMEIs.
Os cidadãos devem adquirir celulares de fontes confiáveis e denunciar qualquer tentativa de venda de dispositivos sem origem comprovada. Ao realizar transações online, é importante salvar as mensagens trocadas, o perfil do vendedor e outras informações relevantes.
Sempre é recomendado exigir a nota fiscal ou qualquer outro documento que comprove a origem do produto. Desconfiar de aparelhos vendidos por preços muito abaixo do valor de mercado é fundamental, pois pode ser um indicativo de ilegalidade.