• MP cumpre mandados de prisão contra suspeitos de manipular resultados de jogos do Brasileirão e cinco campeonatos estaduais

    O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou na manhã desta terça-feira (18) a Operação Penalidade Máxima II. A operação apura novas informações sobre a organização criminosa suspeita de manipular resultados esportivos de jogos de futebol profissional, inclusive da Série A do Brasileirão.

    O MPGO não divulgou o nome dos envolvidos nesta fase da operação, por isso, o g1 não conseguiu contato com a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

    O grupo é suspeito de ter manipulado pelo menos cinco jogos importantes do Campeonato Brasileiro de Futebol do ano passado, além de outras cinco partidas dos campeonatos regionais, incluindo os estaduais de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Segundo o MP, as investigações estão em andamento para determinar a extensão da fraude

    Entenda como agia o grupo

     

    O MPGO, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), já apurou que o grupo criminoso conseguiu manipular resultados de jogos de futebol após subornar jogadores. A investigação mostrou que os jogadores recebiam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que realizassem ações específicas durante as partidas.

    Na primeira fase, a investigação mostrou que o esquema funcionava da seguinte forma: os apostadores faziam propostas para atletas marcarem pênaltis nos primeiros tempos de cada jogo. Caso os jogadores aceitassem, era feito o pagamentos do “sinal”. Após a partida, caso o pênalti tivesse sido feito, os jogadores receberiam o restante do valor combinado.

    Na segunda fase, o Ministério Público descobriu que o grupo investigado pedia também aos jogadores que eles tomassem cartões amarelo e vermelho, além do pedido para a derrota de um time.

    De acordo com o MP, há indícios de que as condutas solicitadas aos jogadores tinham como objetivo que os investigados conseguissem altos lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, usando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar o retorno financeiro.

    A investigação começou em novembro de 2022 após uma denúncia feita pelo próprio Vila Nova, que é vítima no esquema, segundo o MP.

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