• PF realiza segunda fase da operação contra a comercialização ilegal de madeira de terra indígena no MA

    A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta terça-feira (16), dois mandados de busca e apreensão em uma operação contra a extração e comercialização ilegal de madeira extraída da Terra Indígena Toco Preto, localizada na região da Amazônia Legal, no Maranhão.

    Segundo a PF, essa é a segunda fase da operação Kreepym-Katejê, na qual as investigações identificaram um crescente desmatamento na Terra Indígena Toco Preto, situada entre as cidades de Itaipava do Grajaú e Arame.

    A irregularidade na extração de madeira era realizada por meio de um acordo entre indígenas, madeireiros, fazendeiros e políticos locais, com o consentimento de alguns indígenas que permitiam a extração de madeira em troca de vantagens econômicas.

    Foram expedidos dois mandados de prisão preventiva pela Justiça Federal. Um foi cumprido, resultando na prisão de um indígena. A outra pessoa não foi localizada e permanece foragida.

    Os investigados serão indiciados pela prática dos crimes de desmatamento, exploração econômica ou degradação de floresta nativa em terras de domínio público, sem autorização do órgão competente, e pela exploração de matéria-prima pertencente à União, sem autorização legal. As penas máximas para esses crimes podem chegar a nove anos de prisão.

    Primeira fase da Operação Kreepym-Katejê 

     

    Madeira ilegal era extraída da Indígena Toco Preto no MA — Foto: Divulgação/ Polícia Federal
    Madeira ilegal era extraída da Indígena Toco Preto no MA — Foto: Divulgação/ Polícia Federal

    A operação Kreepym-Katejê foi deflagrada após a PF identificar, por meio da geotecnologia, um crescente desmatamento na Terra Indígena Toco Preto, situada entre as cidades de Itaipava de Grajaú e Arame. A madeira nativa extraída da área seria destinada para serrarias ou movelarias.

    Segundo a PF, um dos beneficiados com o esquema, seria um ex-vereador de Itaipava do Grajaú, que é dono de serrarias e movelarias na região. O suspeito que, não foi identificado, seria o receptador da madeira extraída ilegalmente.

    Dois dos três alvos da operação de busca e apreensão, já são condenados por meio de Ação Civil Pública (ACP) a reflorestar 490 hectares da área onde vivem indígenas da etnia Krepumkateyê.

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