• Presidente do TSE, Cármen Lúcia faz alerta sobre fake news na reta final das eleições municipais

    A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou nesta sexta-feira (4) que tecnologias quando utilizadas incorretamente podem causar a “morte de liberdades“. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda acrescentou que as tentativas de impedirem uma regulamentação de redes sociais não pode ser lida como uma “censura” e faz alerta para eleitores na reta final do primeiro turno das eleições municipais de 2024.

    “Essas máquinas vêm tentando capturar a liberdade de expressão, que é uma conquista democrática, afirmando que qualquer regulação seria uma forma exatamente de censurar a livre expressão. Isso também é mentira. É fake news, no jargão mais comumente utilizado, é uma desinformação”, afirmou na abertura de encontro com convidados internacionais sobre as eleições deste domingo (6).

     

    A ministra do STF também afirmou manhã desta sexta-feira (4) sobre o “cabresto digital” eleitoral que ocorre no Brasil. “Criamos agora no Brasil, nós conhecíamos nas décadas de 30 e 40 do século passado, o cabresto digital. Alguém põe na nossa máquina, no nosso celular, no nosso computador, algo que nos desinforma e nos encabresta para o mesmo lugar, como se fossemos apenas manipulados, sem condições de livremente escolher”, revelou.

     

    Ainda conforme a presidente do TSE, tecnologias quando não regulamentadas podem interferir na democracia de forma maléfica. “As tecnologias, hoje, oferecem a possibilidade de morte até de liberdades se não forem devidamente reguladas. A gente não permitiu que alguém alucinado no volante de um carro pudesse matar o outro que nada tenha a ver com essa escolha de morte e vida do primeiro”, disse.

    A ministra ainda disse que é “fake news” a afirmação de que uma regulação das redes sociais seria uma forma de censurar a livre expressão.

    Para Cármen Lúcia, a inteligência artificial agravou o problema da desinformação por acrescentar a “verossimilhança de fatos, dados e até imagens que confundem o cérebro humano”. “O cérebro confundido não é um cérebro livre. Ele não pode fazer escolhas livres, porque ele não tem o prumo necessário, o raciocínio necessário”, afirmou a ministra.

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