• Tema de samba-enredo da Mangueira, Alcione revela que não fez nenhum pedido à escola

    Tema do samba-enredo da Mangueira de 2024, Alcione tem uma longa história com a agremiação carioca. A cantora, que será homenageada na avenida na segunda-feira de carnaval, criou a versão mirim da escola de samba para que os pequenos também pudessem desfrutar da comemoração. Assim, em 15 de agosto de 1987, nasceu a Mangueira do Amanhã. “Via as crianças brincando embaixo do viaduto (em frente ao Morro da Mangueira) e pensava que precisava ocupá-las. Disse ao presidente da escola na época, Carlinhos Dória, para fundarmos uma agremiação mirim. Mas, ele respondeu: ‘Já é difícil manter uma grande, imagina duas?’. Falei, então: ‘Deixa comigo!’”, contou a cantora, em entrevista a revista ELA.

    Alcione, então, acionou o bolso dos amigos famosos e fez a “rapa” entre eles, como: Caetano Veloso, Maria Bethânia, Paula Lavigne e Ana Jobim. A cantora também aproveitou as sobras dos tecidos da Mangueira-mãe para fazer as fantasias das crianças menores e sua própria casa virava o barracão da nova escola de maneira improvisada.

    “Chegava uma hora em que era preciso pular por cima das roupas na minha sala. Mas eu adorava aquilo”, lembrou. “Sempre meti a mão na massa. Acompanhava até mesmo os ensaios. Certa vez, briguei com a mãe de uma criança que queria vir sambando na frente da ala. Adulto só podia assistir.”

    Alcione e a Mangueira

    Com o tema “A negra voz do amanhã”, a Mangueira entra na Sapucaí na segunda-feira de carnaval, e Alcione revelou que não fez qualquer exigência para escola de coração. “A Mangueira é soberana para fazer o que quiser”. Ela sairá no último carro, com um roupa rosa e verde e cheia de brilho.

    Nascida em São Luís, no Maranhão, Alcione passou a ter apreço pela escola de samba quando começou sua carreira de cantora no Rio de Janeiro e via as fotos das baianas de verde e rosa na revista O Cruzeiro. Ela contou a história para o apresentador Aérton Perlingeiro (1921-1992), que promoveu um encontro entre ela e Bira, o relações-públicas da Estação Primeira.

    “A Mangueira é como o quintal da comunidade. Todo mundo se encontra ali. Achei aquilo uma grande família”, relembrou.

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