• Motoristas de aplicativo denunciam insegurança em bairros de São Luís

    Motoristas de aplicativo em São Luís enfrentam, nas últimas semanas, o medo e a insegurança ao realizarem corridas em bairros da cidade. Ameaças, assaltos e violência são algumas das situações vivenciadas por esses profissionais, que cobram por mais proteção e medidas eficazes para garantir segurança no exercício de suas funções.

    Em diversos bairros da capital, crimes contra motoristas de aplicativo vêm sendo registrados. Nessa terça-feira (25), um motociclista foi encaminhado ao hospital, após ser atropelado por um carro em fuga. O acidente resultou na amputação de uma de suas pernas.

    O incidente ocorreu quando o condutor do veículo tentava escapar, após, instantes antes, roubar o carro de um motorista de aplicativo.

    Policias militares conseguiram prender o motorista assaltante, após ele colidir com outro veículo. O Tenente-Coronel da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), Osmar Alves, afirmou que, apesar de ter havido vítimas, a ação consolidou um impedimento à conclusão do delito.

    “Fizemos uma perseguição bem dinâmica, o tempo todo acompanhando o veículo. Infelizmente, houve vítimas, durante o processo da perseguição, mas o final foi exitoso. Conseguimos prender o assaltante conseguimos recuperar o veículo”, disse.

    Com a recuperação do veículo roubado, o proprietário foi notificado e o recebeu. O motorista passou a integrar as estatísticas crescentes de motoristas de aplicativo vítimas de assaltos. Os métodos utilizados pelos criminosos variam, sendo um dos recursos mais comuns a utilização de contas falsas no aplicativo para solicitar corridas e, durante o trajeto, fazer o motorista refém.

     

    Para evitar levantar suspeitas, os criminosos também solicitam as corridas usando contas registradas em nome de mulheres. A estratégia trouxe consequências para Paulo Rodrigues, um ex-motorista de aplicativo que abandonou a profissão, ao ser vítima de um assalto. Apesar de ter conseguido recuperar seu carro, os assaltantes nunca foram presos.

    “Ao chegar próximo da prefeitura da cidade de Raposa [na Grande São Luís] o [suspeito] que estava na frente colocou a arma na minha barriga e o [suspeito] que estava atrás de mim colocou a faca no meu pescoço, tentando me cortar a todo tempo, e eu, impedindo, com meu braço, fazendo muita força. Ao sairmos do carro, eles tentaram me colocar no porta-malas, mas eu insisti. E a todo tempos eles queriam me agredir; querendo tirar a minha vida”, relatou.

    Outro caso semelhante foi registrado por uma câmera dentro do carro de um motorista de aplicativo. Os suspeitos utilizara facas para rendê-lo e ameaçá-lo.

    Apesar de os assaltantes já terem sido identificados pelas autoridades, até o momento, não foram capturados, o que reflete o desafio enfrentados pelas autoridades para coibir este tipo de ação criminosa.

    O que diz o poder público

    A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), por meio da Polícia Civil, informou que os casos seguem sob investigação da Coordenação da Superintendência de Polícia Civil de São Luís (SPCC), de forma integrada com alguns Distritos Policiais da capital e Região Metropolitana, trabalhando para elucidar o crime e prender os envolvidos o mais breve possível.

    Esclareceu, ainda, que todos os crimes envolvendo motoristas de aplicativos seguem sob investigação da Policia Civil, que atua em conjunto com o Serviço de Inteligência para localizar os responsáveis e prendê-los.

    Por fim, a SSP destacou que, preventivamente, atua com o policiamento ostensivo em toda Grande Ilha, por meio de ações de rotinas e de operações de reforço, a fim de coibir crimes. Uma das operações realizadas é a ‘Catraca’, focada na prevenção de crimes contra transporte coletivo, táxi e carros de aplicativos.

    A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informou que todos os participantes da ação já foram identificados. O Serviço de Inteligência das Polícias Militar e Civil estão trabalhando conjuntamente para localizar e prender os envolvidos.

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